Incontinência e Biofeedback

O que é Incontinência?

É a perda de cocô ou xixi que pode se apresentar em várias ocasiões de esforço, ou pode também ser uma urgência de ter que ir ao banheiro correndo e/ou várias vezes ao dia, associada ou não a perda.

Essa perda normalmente inicia-se de forma sutil e vai sofrendo piora do quadro com o passar do tempo.

Quais são as disfunções associadas à Incontinência?

  • Incontinência Urinária (esforço, urgência, ou ambas);
  • Incontinência Fecal;
  • Incontinências e algumas disfunções neurológicas
  • Prolapsos (queda) de Órgãos Pélvicos;
  • Alterações de Sensibilidade;
  • Disfunções defecatórias;
  • Disfunções sexuais;
  • Dor pélvica crônica;
  • Disfunções decorrentes de tratamento oncológicos;
  • Pré e Pós operatório de Cirurgias de Retirada de Próstata

 

Quais os métodos ideais para avaliar a condição específica de cada paciente:

  • Anamnese;
  • Pad Test;
  • Escala Analógica de dor e desconforto;
  • Questionários;
  • Avaliação Física;
  • Avaliação Eletromiográfica;
  • Diário miccional e fecal.

 

Quais os tratamentos existentes?

– Eletroterapia,

– Biofeedback,

– Fortalecimento Perineal (Cinesioterapia)

– Técnicas Comportamentais para Tratamento de Bexiga Hiperativa

– Treinamento Vesical:

Os objetivos do treinamento Vesical são corrigir padrões de frequência urinária e prolongar o intervalo entre as micções; não ir ao banheiro o tempo todo;

Promover controle da urgência urinária, não ter necessidade se sair correndo para ir ao banheiro;

Aumentar a capacidade vesical –melhorar a capacidade da bexiga em reter urina;

Reduzir episódios de perda;

Restaurar a confiança do paciente no domínio da função vesical.

(modificado de BURGIO et al, 2013)

O que é a Fisioterapia Pélvica?

A fisioterapia pélvica é a área da fisioterapia e da saúde que se ocupa na intervenção sobre os músculos do assoalho pélvico – com o objetivo de realizar exercícios direcionados aos músculos perineais para: fortalece-los, relaxá-los e fazê-los contrair ou relaxar conforme a necessidade fisiológica, ou seja, contraí-los na hora da necessidade de contração, como num espirro ou tosse, e relaxá-los no ato de fazer cocô ou de fazer xixi.

O que são esses músculos?

Os músculos do assoalho pélvico formam um verdadeiro trampolim (cama elástica) que segura as vísceras, e sobre o qual elas se apoiam. Eles que suportam as vísceras e se prendem em ossos como os Ísquios lateralmente, à frente no Osso da Pube e posteriormente no Cóccix. Logo, devem estar bem fortalecidos pois, formam a base de sustentação para a parte de baixo, para o assoalho da pelve.

Esses músculos sustentam tanto a parte anterior – vagina como a parte posterior – canal anal.

Tratamento clinico com base em evidências científicas mundiais – programa intensivo individualizado. O objetivo não é só fortalecimento, mas uma boa contração no momento certo.

Não realizar durante a micção. (Bo 1999, 2004; DiNubile 1991; Morkved 2002, 2003).

Mais de 10% de uma população sofre de problemas urinários; 70% são mulheres, e uma em cada quatro mulheres são constipadas (OMS).

“A FISIOTERAPIA É O TRATAMENTO OURO”, Berghmans 2006.

 
Biofeedback e Fisioterapia Pélvica …  À LUZ DA HISTÓRIA

– 1940 a 1950 (EUA): Arnold Kegel foi o primeiro a descrever o fortalecimento da musculatura perineal e a função de continência.

Nessa época o Reino Unido estava empenhado no tratamento da IU, usando os exercícios para o assoalho pélvico (cinesioterapia) e a eletroestimulação vaginal. (Cochrane Review, 2008).

– Anos 70 (Suécia): Magnus Fall – Estimulação Elétrica;

– 1970/1988: Biofeedback (EMG) Basmajian;

– 1992: A Sociedade Internacional de Continência (ICS) validou cientificamente as técnicas de reabilitação do assoalho pélvico para tratamento de distúrbios perineais.

– 1996/1998 – Berghmans: demonstrou ser o tratamento de primeira opção a ser combinado com outros tratamentos. Não invasivo, barato e de baixo risco, com técnicas baseadas em evidências (PFMT, biofeedback, eletroestimulação, cones vaginais, exercícios em domicílio). Força e a coordenação da musculatura do assoalho pélvico;

– 2001 – Hay Smith: Biofeedback é uma excelente técnica e não um tratamento exclusivo.

– 2005 – Dubadie: O Biofeedback permite a conscientização objetiva de uma função fisiológica inconsciente, procedimento muito utilizado na reabilitação da Musculatura Pélvica – Ideal quando associado à outras técnicas;

Atualmente – Consenso Mundial (World Confederation for P.T.).


– Especialista da Clínica COFIB

Dra.-Cleima-Coltri-BittelbrunnS

Cleima Bittelbrunn –MSc

 

– Formada em Fisioterapia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) em 1984

– Especialização na Universite Therapie Manuelle St Mont : Formação Superior em Reeducação Postural Global (1996)

– Mestrado em Produção e Sistemas (2007) com o Tema:

“Metodologia para concepção do Projeto Conceitual de Cadeiras de Aremesso para Atletas Paraolímpicos”

– III International Physiotherapy Congress on Uro-Oncology

– Workshop Update in Coloproctology

– Fisioterapeuta Pélvica

– Formação Método Neuro-evolutivo Bobath

– Formação Método Souchard R.P.G.

– Formação G.D.S. Cadeias Musculares

– Mestra pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUC-PR.

– Cursando pós-graduação na Universidade Federal do Paraná – UFPR -doutorado em dor pélvica crônica

Rua José Naves da Cunha, 51 | Seminário – Curitiba | Paraná
(41) 3039 6414 / (41) 3039 6404